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CURSO DE CULTURA TEATRAL
Momento de Rutura da História do Teatro Ocidental - Módulo I

com Armando Nascimento Rosa, Graça Corrêa, Guilherme Filipe, Maria João Almeida, Miguel Ramalhete Gomes, Nuno Pino Custódio, Paula Magalhães e Teresa Faria

DATA: de 9/10 a 4/12 de 2023

HORÁRIO: segundas-feiras | das 20h às 22h30

TOTAL DE HORAS: 22h30 (9 sessões)

PÚBLICO ALVO: profissionais de artes cénicas, professores, público-geral

LOCAL: Polo II do Teatro Meridional | Largo Luís Dourdil Lote 4, 1º piso (acesso pelas escadas exteriores)

VALOR: 125 €

INSCRIÇÃO:

  • Preencher o formulário de inscrição, que pode encontrar no link https://bit.ly/3BDilJL
  • Caso as inscrições ultrapassem o número máximo de participantes, serão sujeitas a um processo de seleção prévia.
  • Caso não seja atingido o número mínimo de participantes, a formação não se realizará.
  • Em caso de desistência antes do início da formação o valor devolvido é 50% do total.

APRESENTAÇÃO

As ruturas no Teatro tal como em qualquer processo histórico resultam de múltiplas variáveis sociais, nomeadamente do surgimento de novas e diferentes mentalidades e, tantas vezes, de movimentos individuais que de maneira transubjetiva reconfiguram novos e diferenciados lugares da cena, incorporando novos sentidos estéticos ou simbólicos. 
Um conjunto de sessões teóricas organizadas por Módulos, visa enquadrar as perspetivas vivenciais de diferentes períodos históricos do Teatro no Ocidente, através de modalizações práticas e estéticas, assim como a influência de criadores/movimentos e ou dramaturgos que determinaram movimentos de rutura nos espaços do teatro e a consequente transformação do olhar do espectador sobre a Cena.

ORGANIZAÇÃO DO MÓDULO

  1. 9 Out | O olhar do espetador sobre o Espetáculo | Teresa Faria e Paula Magalhães
  2. 16 Out | História das Ruturas do Teatro Ocidental em 120’ | Guilherme Filipe
  3. 23 Out | História das Ruturas do Teatro Ocidental em mais 120’ | Guilherme Filipe
  4. 30 Out | Teatro Grego e Romano | Armando Nascimento Rosa
  5. 6 Nov | A herança do Teatro Grego e Romano | Armando Nascimento Rosa
  6. 13 Nov | Commedia dell’ arte – Maria João Almeida
  7. 20 Nov | A Herança da Commedia dell’ arte | Nuno Pino Custódio
  8. 27 Nov | Shakespeare | Graça Correa
  9. 4 Dez | Herdeiros de Shakespeare | Miguel Ramalhete Gomes

BIOGRAFIAS

ARMANDO NASCIMENTO ROSA

Dramaturgo, ensaísta e cantautor, escreveu cerca de trinta obras dramáticas originais, algumas delas premiadas e/ou traduzidas em sete línguas, com apresentações cénicas em diversas cidades da Europa, das Américas e da Ásia. Tem 25 livros de dramaturgia original e ensaio publicados, incluindo estudos sobre Samuel Beckett, António Patrício, Fernando Pessoa, e Natália Correia, cuja obra dramática completa prepara para publicação no corrente ano. Iniciou percurso de dramaturgista em 1990 no Teatro da Politécnica, em Lisboa, a convite do seu fundador, o encenador Mário Feliciano. Doutorado em Estudos Portugueses (2001), mestre em Estudos Literários Comparados (1994), e licenciado em Filosofia (1988) pela Universidade Nova de Lisboa, é professor coordenador, da área de Teorias e Estéticas, no Departamento de Teatro da Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa, onde leciona desde 1998, e investigador membro do CIAC (Centro de Investigação em Artes e Comunicação) desde a sua fundação em 2007. Como cantautor, publicou os álbuns: O Piano em Pessoa, em 2018, com o pianista António Neves da Silva; e O Fado é estranha alegria, produzido pelo maestro Mário Rui Teixeira, com edição digital em 2019 e edição física prevista para 2023.

GRAÇA CORRÊA

 Graça P. Corrêa é Investigadora no CFCULFaculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, 
onde dirige projetos sobre Teatro/Performance e Teorias da Emoção -Empatia no âmbito da correlação arte-ciência filosofia. Doutorada pelo Graduate Center of the City University of New York, mestre em Encenação no Emerson College Boston, licenciatura em Arquitetura (UL) e em Teatro na ESTC. 
Como docente colabora no doutoramento PDFCTAS (Ciência e Arte), nos Mestrados em Teatro e em Artes Performativas 
da Escola Superior de Teatro e Cinema e na Escola Profissional de Teatro de Cascais. 
A par da carreira académica é encenadora, dramaturgista e dramaturga. Recentemente publicou o livro 
Gothic Theory and Aesthetics: Transdisciplinary Landscapes in Film, Theatre, Architecture and Literature (Caleidoscópio, 2021), 
apresentou a performance-evento Eco-Empatia no New European Bauhaus Festival (2022), concebeu espetáculos sobre IA e tecnologias digitais 
(Automata, Inimpetus 2019), alteridade étnica e de género (Beatrix Cenci, TEC 2021).

GUILHERME FILIPE

 Ator-encenador, professor de dramaturgia e investigador de teatro. Doutor em Estudos Artísticos (Estudos de Teatro), pela Universidade de Lisboa. Investigador do Centro de Estudos de Teatro (FLUL), na área da documentação e da sociologia do teatro. Tem obra ensaística publicada na área das práticas e estáticas de teatro, em Portugal e no estrangeiro. Destacam-se os ensaios A subtil preservação da memória, Revista Cacao Lisboa (2014); A Estética no Teatro: uma ciência à flor da pele (Journal Theatre Criticism Dramaturgy, Univ. de Istambul (2021); e os livros “Às voltas com o Teatro: Os últimos atores ambulantes em Portugal” (2020) e “O Gosto Público que sustenta o Teatro: Pessoas, espaços e repertórios” (2021).

MARIA JOÃO ALMEIDA

 Professora Auxiliar da Universidade de Lisboa, aposentada. Doutoramento em Estudos Literários – Literatura Italiana pela Universidade de Lisboa, com a tese Goldoni e o sistema teatral português (século XVIII).  
Docente de Estudos Italianos dos cursos de Licenciatura e Mestrado. Leccionou também unidades curriculares da Licenciatura em Estudos Artísticos- Artes do Espectáculo e do Programa em Estudos de Teatro (Mestrado e Doutoramento). Investigadora do Centro de Estudos de Teatro da FLUL (CET) desde 1998 até à actualidade. Directora do CET: 2009-2014; 2016-2017. Áreas de investigação: História do Teatro em Portugal e Teatro e Espectáculo em Itália. Participação como investigadora sénior em projectos de investigação nacionais e internacionais. No âmbito da sua especialização em italianística, 
tem vindo a desenvolver investigação sobre a presença decomediantes da “Arte” em Portugal (séculos XVI-XVIII).

MIGUEL RAMALHETE GOMES

 Doutorado na Faculdade de Letras da Universidade do Porto em 2011 e é professor auxiliar com agregação 
na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É investigador no CEAUL - ULICES (Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa) e no CETAPS (Centre for English, Translation, and AngloPortuguese Studies). 
Publicou em 2014 Texts Waiting for History: William Shakespeare Re-Imagined by Heiner Müller (Brill | Rodopi); coeditou, com Jorge Bastos da Silva, English Literature and the Disciplines of Knowledge, 
Early Modern to Eighteenth Century (Brill | Rodopi, 2017) e, com Teresa Botelho e José Eduardo Reis, 
Utopian Foodways: Critical Essays (U.Porto Press, 2019). 
Tem vindo a publicar sobre drama do Renascimento inglês, estudos utópicos, estudos irlandeses e banda desenhada. Encontra-se a preparar um livro sobre usos de Shakespeare no tempo da austeridade em Portugal. 

  

NUNO PINO CUSTÓDIO

 Iniciou a sua atividade como encenador e dramaturgo no começo dos anos 90, expondo até hoje acima de 60 encenações, onde se destacam colaborações com algumas das mais significativas companhias independentes portuguesas da atualidade, como o Teatro O Bando, o Teatro Meridional, a Companhia do Chapitô, o Teatro do Montemuro, As Boas Raparigas, o Teatro dos Aloés, o Teatrão, a FC - Produções Teatrais/Casa da Comédia, o Teatro Oficina, a Companhia da Chanca ou a estrutura que fundou e dirigiu entre 2004 e 2021, a ESTE – Estação Teatral da Beira Interior.
Investiga desde há cerca de três décadas, exclusivamente, a máscara enquanto ferramenta metodológica do trabalho do ator, sendo uma das principais referências em Portugal nesta área, tendo colaborado com inúmeras universidades, escolas profissionais, companhias ou festivais. Tem sido professor regular, desde 2010, da ACE – Academia Contemporânea do Espectáculo (Porto) e da ACT – Escola de Actores (Lisboa). Dirige, desde 2012, o ciclo de workshops O ator e a neutralidade, juntando-o às masterclasses em Commedia dell'Arte que já vinha ministrando desde 2005, como formações externas e regulares.

  

PAULA GOMES MAGALHÃES

 Doutorada e mestre em Estudos de Teatro pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Paula Gomes Magalhães é investigadora do Centro de Estudos de Teatro e professora do Mestrado em Estudos de Teatro da mesma Universidade. É licenciada em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Deu aulas na Escola Superior de Tecnologia e Artes de Lisboa, Escola Superior de Educação de Lisboa e Escola Profissional de Setúbal. É membro do conselho editorial da Sinais de Cena - Revista  de Estudos de Teatro e Artes Performativas. Jornalista de formação, trabalhou durante mais de 20 anos em rádio (Radar, Voz de Almada e Sul e Sueste). É membro da ArteViva – Companhia de Teatro do Barreiro, onde, há mais de 30 anos, desenvolve atividade como atriz, formadora e encenadora. Publicou 30 Anos de ArteViva – Memórias... e outras estórias da Companhia de Teatro do Barreiro (ArteViva, 2010); Belle Époque – A Lisboa de Finais do Século XIX e Início do Século XX (Esfera dos Livros, 2014); Teatro da Trindade 150 Anos – O Palco da Diversidade (Guerra e Paz, 2017); Sousa Bastos (INCM, 2018) e Os Loucos Anos 20: Diário da Lisboa Boémia (Planeta, 2021).

TERESA FARIA

 Mestre em Artes Cénicas pela Faculdade de Ciências Sociais Humanas da Universidade de Lisboa e em Estudos de Teatro, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Investigadora do Centro de Estudos de Teatro da  FLUL. Membro do conselho editorial daRevista Sinais de Cena - Revista de Estudos de  Teatro e Artes Performativas. Formadora certificada pela Universidade do Minho. Professora na Escola Superior de Tecnologias e Artes. Criou cursos de Teatro e tem dirigido formação na APPACDM de Ponte de Lima, bem como formação em Contexto Profissional e Ateliers de Coaching. Profissional das Artes do Espectáculo, desde 1983: actriz, dramaturga e encenadora.  
Trabalhou em mais de cem Companhias, Teatros e Produtoras, como o TNDMII, o Teatro  Aberto, o Teatro Meridional, o Teatro da Terra, a Barraca ou o Teatroesfera, com muitos encenadores. Das suas encenações e dramaturgias destaca O meu irmão: Théo e Vincent Van Gogh, no São Luiz Teatro Municipal. Como atriz lembra a Nonna (Teatroesfera) ou Kiki van Beethoven (Teatro Meridional). Já fez várias comunicações, publicou alguns artigos artigos e coeditou dois livros e coeditou dois livros: Os Iluminados (com José Carretas) e Teatro em Debate(s) - CET / Livros Horizonte. 

Prancheta 8

LABORATÓRIO DE VIEWPOINTS
com Joana Pupo


DATA
19 de outubro a 7 de dezembro 2021 | 3ª-feiras | das 19h30 às 22h30

LOCAL
Polo II do Teatro Meridional / Antiga Junta de Freguesia de Marvila | Largo Luís Dourdil Lote 4, 1º piso (acesso pelas escadas exteriores) 

APRESENTAÇÃO 

Os Viewpoints ou Pontos de Vista Cénicos são uma ferramenta de composição e improvisação, que permitem gerar material teatral de forma corajosa e intuitiva. Apoiam a ligação de diferentes materiais cénicos e linguagens, numa lógica de composição e montagem. Foram criados pela coreógrafa Mary Overlie, nos anos 60 (no contexto do Judson Church Theatre Group, em NY), e adaptados por Anne Bogart e Tina Landau para o teatro. Os Viewpoints nascem num contexto de interdisciplinaridade e emergência do corpo e ajudam os criadores a relacionar-se com a cena e com o mundo, estruturando a sua liberdade em dois eixos: espaço e tempo.

OBJETIVOS

• Pesquisar uma metodologia de improvisação e composição cénica.
• Desenvolver a autonomia do ator-criador.
• Criar uma atmosfera de surpresa e revelação entre o grupo.
• Treinar o trabalho de detalhe, de rigor físico e composicional.
• Aprofundar a consciência do corpo, como ponto de vista em permanente movimento.
• Incorporar o espaço, o mundo e o outro.

PÚBLICO-ALVO
Atores, bailarinos, performers e estudantes de artes cénicas

NÚMERO MÁXIMO DE PARTICIPANTES
12

VALOR
120€

INSCRIÇÃO
• Preencher o formulário de inscrição, que pode encontrar aqui.
• Caso as inscrições ultrapassem o número máximo de participantes, serão sujeitas a um processo de seleção prévia.

JOANA PUPO
Mestre em Teatro/Movimento, pela E.S.T.C./IPL e Licenciada em Filosofia F.C.S.H./UNL. Tem um percurso como atriz, criadora e investigadora do movimento aplicado à criação e à pedagogia. Trabalhou com diversas companhias em Portugal, como Artistas Unidos, Inestética, Marina Nabais Dança, Casa da Esquina, Ritual de Domingo/Sónia Barbosa e Nicho/Graeme Pullyen. Trabalhou ainda em Itália com o Teatro Stabile delle Marche e em Espanha com as companhias Voa Dora e Teatro de Cerca, entre outras. É professora no Curso Profissional de A.E. do I.D.S. e na EVOE-Escola da Actores, desde 2011.

 

Esta atividade é apoiada pelo programa Garantir Cultura (parceiro institucional: Fundo de Fomento Cultural / Governo de Portugal). As atividades do Polo II são apoiadas pela Junta de Freguesia de Marvila.

 

Agures SITE

 

 

NO FIO DO AZEITE

ALGURES - Colectivo de Criação

 

TM ACOLHIMENTO

27 março a 7 abril, 2019 | Qua a Sáb - 21:30 | Dom - 16:00

 

SINOPSE

Um músico está no palco a ensaiar. Toca o telefone e do outro lado é urgente ir buscar a filha Olívia à escola: há greve de professores. Começa a viagem para ir buscar a filha. O céu adquire uma cor vermelha de pôr do sol constante. E de repente tudo parou. Começa uma viagem que o faz regredir ao tempo em que se escondia num imenso olival. Agora sim, as músicas são novamente urgentes!

O que tem a escola a ver com um lagar? Ou melhor: quais as semelhanças entre uma azeitona e uma criança?
Carlos Marques, músico e criador, encontra-se em palco para nos questionar sobre os processos de produção e os métodos de ensino. Os métodos de produção intensos, rápidos e eficazes estão virados para o consumo instantâneo. Afinal de contas, agora nascemos e somos formados para as necessidades dos mercados. Será que deveremos ser mais do que meros temperos de um mundo consumista e industrial? Teremos que ser obedientes?

Este é um espetáculo de teatro ou um concerto ou uma aula cantada e divertida sobre a educação.

 

FICHA ARTÍSTICA

Criação, composição e interpretação – CARLOS MARQUES Apoio à criação – SUSANA CECÍLIO | Texto – JORGE PALINHOS | Vídeo de Cena– RODOLFO PIMENTA Desenho de Luz – PEDRO BILOU | Dispositivo Cénico – CARLOS MARQUES e SUSANA CECÍLIO Voz off – ANA MARQUES | Operação técnica - MANUEL ABRANTES | Carpintaria – JOSÉ MANECAS Design Gráfico - SUSANA MALHÃO | Produção – ALEXANDRA JESUS

 

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA

M/12

 

DURAÇÃO

90 minutos

 

ALGURES - Colectivo de Criação


A ALGURES é uma associação cultural com uma identidade multifacetada: espetáculos de teatro, formações, mediação cultural, programação e trabalho com a comunidade são os eixos de atuação principais, nos quais a formação de públicos é também um foco.
Através dos seus criadores mais ativos (Susana Cecílio e Carlos Marques) a ALGURES desdobra-se em projetos de criação artística de cariz interventivo que visam a reflexão sobre a vida contemporânea e a criação de comunidade. De destacar a conceção e programação do FESTIVAL DA PALAVRA/ Festa dos Contos (desde 2009 em Montemor-o-Novo).
A ALGURES atua além das suas fronteiras e estabelece uma relação constante e frutuosa no Alentejo, sem descurar outros pontos do país, nomeadamente a área da grande Lisboa onde está sediada.

ANDAMOS A REBOQUE PORQUÊ?
Criar um espetáculo que reflete sobre Educação é entrar num mundo que parece não ter fim. Começamos por olhar para trás e fazer regressar memórias coletivas e individuais, questionando o que terá ficado em nós dos tempos de escola, dos seus conteúdos, dos professores, dos colegas, da família e da comunidade onde nos inserimos.
Mas afinal o que é educação? Mais difícil ainda, como fazê-la?
Não creio que as respostas sejam fáceis, até porque o sistema de ensino não se tem dado bem com a rapidez dos tempos da hipermodernidade - cultura do excesso, do intenso e do urgente, onde as mudanças, quase sempre ‘efémeras’, ocorrem no ritmo quase esquizofrénico de pressão sócio-temporal levada ao limite - uma sociedade em que o tempo é acelerado e extrapolado porque se dilui nas urgências.
A sensação que tenho, como contador de histórias (há mais de 12 anos em várias escolas), amigo, tio ou como pai é que a bagagem humana, criativa e emocional que uma criança carrega vai-se esfumando e que os miúdos são preparados para funcionar num sistema alienado e não para desenvolver suas potencialidades intelectuais, amorosas, naturais e espontâneas.
De fato, não me parece prudente insistir numa Escola fria e com programas cheios. É até perverso ocupar o tempo de uma criança com informações tão distantes dela enquanto há tanto conteúdo ndentro dela, que pode ser usado para que ela se surpreenda a ela própria. É chocante para uma criança, sobretudo no primeiro ciclo, o primeiro contacto com o “regime” escolar! Porém, os miúdos têm essa capacidade extraordinária de se adaptarem ao sistema “adulto”, “sério” e “profissional” do ensino.
Segundo o psicólogo chileno Cláudio Naranjo o sistema instrui e usa de forma fraudulenta a palavra ‘educação’ para designar o que é apenas a transmissão de informações. “É um sistema que quer um rebanho para robotizar.” A educação funciona como um grande sistema de seleção empresarial - passar nos exames, ter boas notas, títulos, bens, bons empregos, estabilidade financeira – e isso é uma distorção do que deveria ser o seu papel! Confunde-se educação com inteligência, com melhor desempenho, melhores notas e melhores recomendações para os currículos. Pergunta Naranjo: a pessoa com o QI mais alto do mundo será também a mais educada?
Já Gilles Lipovetsky, filosofo francês, teórico da hipermodernidade, defende que, termo-nos livrado do antigo sistema, que fomentava um nacionalismo agressivo e contribuiu para as guerras mundiais, já foi um grande passo. O filósofo defende que há um enorme trabalho a fazer na educação, aí está tudo por inventar, pois o caminho mais lúcido para conseguirmos reequilibrar as patologias do mundo contemporâneo e corrigir os excessos e desequilíbrios de uma sociedade que reduz o ser humano a uma espécie de ‘homo consumericus’ passará por reinventar a educação.
O que é que nos impede de criar uma escola diferente? De forma inocente afirmamos que seria simples apelar a uma transformação quando não há sistemas de educação obrigatórios na Europa e nem as famílias são obrigadas a educar os filhos desta ou daquela maneira. Sabemos, porém que a Educação não muda porque está ao serviço dessa sociedade de consumo urgente, descartável e globalizada. Karl Marx queria transformar o mundo e a consciência humana - talvez seja necessário começar por pensar a educação. É preciso refletir sobre esta para depois mudar alguns paradigmas. É um trabalho muito importante. A educação não tem que andar constantemente a adaptar-se aos tempos, ela tem que ter a capacidade para ser o motor dos tempos.

Podemos imaginar sistemas de educação diferentes?

Carlos Marques,
Fevereiro de 2019 - Texto de encenação

 

http://alguresalgures.pt/

 

IVAN ou a Dúvida Facebook

 

 

IVAN OU A DÚVIDA

a partir de "Os Irmãos Karamázov" de Fiódor Dostoiévski

 

PRODUÇÃO

RITUAL DE DOMINGO

 

PROJETO

KARAMÁZOV — Pesquisa e criação teatral

de SÓNIA BARBOSA

 

TM ACOLHIMENTO

14 a 16 de NOVEMBRO, 2019 | Quinta a Sábado - 21:30 | Domingo - 16:00

 

SINOPSE

Ivan, o enigma. Ivan, o homem que desafia Deus. Aquele que recusa aceitar o dogma sem lhe compreender os fundamentos. Aquele que representa a eterna questão de Dostoiévski: Deus existe? Mas mais do que a questão religiosa e teológica, trata-se aqui da questão da consciência, da liberdade de escolha, desse “terrível dom” que é o livre arbítrio, com que a Humanidade se tem atormentado durante séculos e séculos.

 

SOBRE O ESPETÁCULO

“Se Deus não existe, tudo é permitido ao homem”


Em 2015, a encenadora Sónia Barbosa iniciou uma pesquisa de criação teatral, com base na obra Os Irmãos Karamázov, de Fiódor Dostoiévski. Depois de duas residências e duas apresentações informais do trabalho já desenvolvido, Sónia Barbosa completa a 1ª fase do Projecto Karamázov com a estreia do espectáculo “Ivan ou a Dúvida”. 

Partindo da ideia de que todo o homem é senhor de si mesmo, fruto das suas escolhas e consciência, Ivan Karamázov coloca-se acima da ideia de bem e de mal. Mas desta sua concepção do mundo nasce a semente do crime mais hediondo: o parricídio. Será ele capaz de viver com as próprias escolhas? 

O espectáculo, cuja dramaturgia é muito próxima das palavras do autor russo, é construído a partir de uma relação entre a cena e os espectadores que joga com factores como a proximidade e a distância, a utilização não convencional de espaços e o inesperado. Mais do que num espaço físico, estamos num espaço mental, em que todos (intérpretes e espectadores) habitam o campo de batalha interior do protagonista. 

Num ano em que se assinalam os 100 anos da Revolução Russa de 1917, Dostoiévski guia-nos pela psique de um povo em profunda transformação, partindo da Rússia para o Mundo, universalizando questões importantes do final do Século XIX como a existência de Deus, a luta de classes, a natureza Humana e o princípio da liberdade. Questões que nos assolam também neste início de século XXI. 

 

FICHA ARTÍSTICA

Encenação e dramaturgia SÓNIA BARBOSA Interpretação JOÃO JACINTO, JOÃO MIGUEL MOTA e NUNO NUNES Espaço cénico e figurinos ANA LIMPINHO Desenho de luz CRISTÓVÃO CUNHA Consultoria musical ANA BENTO Assistência de produção RÚBEN MARQUES Comunicação geral do projecto NUNO RODRIGUES Fotografia FERNANDO RODRIGUES e LUÍS BELO Registo de vídeo LUÍS BELO

Co-produção TEATRO VIRIATO e RITUAL DE DOMINGO – ASSOCIAÇÃO ARTÍSTICA

Apoios FUNDAÇÃO GDA, FREGUESIA DE VISEU, NACO, ACERT, CONTRAPONTO, FUNDAÇÃO LAPA DO LOBO, LUGAR PRESENTE, COMPANHIA PAULO RIBEIRO E ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE VISEU

 

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA

M/14

 

DURAÇÃO

80 minutos

 

RITUAL DE DOMINGO

RITUAL DE DOMINGO nasce da partilha, entre vários artistas da cidade de Viseu de várias áreas, de estabelecer um lugar de criação artística pluridisciplinar fora dos grandes centros urbanos. Tem um foco importante também na formação e educação artística.

A associação tem como fim criação artística pluridisciplinar, nomeadamente nas arte performativas, plásticas, audiovisuais e da literatura, tendo em foco também a investigação, a educação e a formação nestas áreas. Organização, produção e promoção de eventos, encontros e projectos artísticos e culturais, nacionais e internacionais.

 

PROJETO KARAMÁZOV - PESQUISA E CRIAÇÃO TEATRAL
de SÓNIA BARBOSA

KARAMÁZOV é um projecto de pesquisa e criação teatral a partir da obra literária "Os Irmãos Karamázov" de Fiódor Dostoiévski.

Projecto pensado para um período mínimo de realização de 4 anos, com o objectivo de, através duma profunda pesquisa, investigação e experimentação, envolvendo diversos artistas e estruturas, chegar a três espectáculos teatrais: “Ivan ou a Dúvida”, “Dmitri ou o Pecado” e “Aleksei ou a Fé”. O projecto compreende também encontros pedagógicos para diferentes públicos, e a realização de um Doutoramento em Estudos de Teatro na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

A obra “Os irmãos Karamázov”, partindo duma questão fundamental do pensamento filosófico e espiritual - o Parricídio - propõe também três pontos de vista sobre a vida e o mundo (personificados pelos três irmãos, Ivan, Dmitri e Aleksei) que continuam a representar zonas de angústia, de questionamento e de procura para o espírito humano: a dúvida, a fé e o pecado. A dúvida (Ivan) enquanto fruto da racionalidade analítica do ser humano; o pecado (Dmitri) enquanto incapacidade de resistir aos impulsos muitas vezes destruidores que nos assaltam; e a fé (Aleksei) enquanto capacidade de entrega total perante algo desconhecido.

 

MAIS INFO:

www.cargocollective.com/ritualdedomingo

 

 

 

 

 Meridional Header Evento

OURO, INCENSO E BIRRA

VAMOS CANTAR AS JANEIRAS

 

Entrada Livre

 

Partindo da tradição quase perdida das Janeiras, o Teatro Meridional associa-se ao Lisbon Beer District - Cervejarias DOIS CORVOS, LINCE e MUSA, convidando a comunidade a assistir a pequenos espectáculos de bandas e artistas portugueses, espalhados por uma série de espaços emblemáticos do bairro de Marvila.

À semelhança da última edição e tal como nas Janeiras da tradição, uma parte das receitas reverterá para uma causa social. Este ano, para a Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) - Associação de solidariedade social, sem fins lucrativos e que tem como missão melhorar as condições de vida dos portadores de Esclerose Múltipla e das pessoas que com eles convivem, nomeadamente no que refere à integração social e comunitária.

A entrada em todos os eventos é livre.

 

Programação

OURO, INCENSO E BIRRA, 2019


SPEM
15h00 - Rancho Folclórico de Cinfães



Marvila 105
Clube do Capitão Leitão apresenta:
1. 17h15 - casuar:/ Meses Sóbrio/ Trêsporcento
2. 21H00 - Madrepaz, Samuel Úria, LOT
23h00 - Vilamar DJ Set.

Fábrica Moderna
17h00 - Iguana Garcia

Café com calma
18h00 - Sean Riley

Teatro Meridional
16h00 - Andrew White
18h45 - Café Ena
22h30 - DJ Afonso Matos

Fábrica Musa
16h30 - Primeira Dama
19h15 - Reis da República
23h00 - Brandos Costumes

Armazém Dois Corvos
19h45 - Suave
22h00 - Djumbai Jazz

Dois Corvos Tap Room
20h00 - DJ Abel Santos



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